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"Our loyalties must transend our race, our tribe, our class, and our nation; and this means we must develop a world perspective." - Martin Luther King Jr.

terça-feira, 27 de março de 2012

Provas finais de 4º ano

Foi em 2000/01 que o Governo Guterres lançou as provas de aferição no 4º ano a Matemática e Português, o que fez de mim um dos primeiros felizes contemplados nessa invenção.
Para que serviam?  Para se perceber se os alunos apreenderam os conhecimentos desejáveis a estas duas disciplinas de forma a transitarem para o 2º Ciclo, e no fundo avaliava de certa forma os professores, as suas competências, as suas lacunas, as escolas, etc.

Teoricamente óbvio! Porquê? Era o primeiro "exame" de uma vida para qualquer aluno, ninguém pressionava muito, pois os resultados eram meramente estatísticos, não se assinava, logo não haveria problema nenhum em falhar. Então trabalhar para que? Para a escola? Com 10 anos não vejo ninguém preocupado com o futuro da escola até porque se vai sair dela.

Em suma, o Governo da altura lançou para as escolas provas não de aferição mas sim provas para manter os professores mais uns tempos ocupados a corrigi-las, estatísticos a tentar criar estatísticas onde não as há e decisores a tentar decidir sobre factos sem validade alguma.

Hoje lançou-se na revisão da estrutura curricular do ensino básico e secundário, elaborada pelo Ministério da Educação, provas finais para os alunos do 4º ano, a partir de 2012/13, cujos resultados valerão 30% na classificação do aluno, no final do ano lectivo. Para que servem então? Para começar desde cedo a preparar os alunos para a pressão de um exame e para certificar que todos os alunos são, de certa forma, avaliados de forma igualitária, tornando mais difícil a sua transição caso não tenham adquirido as competências mínimas, pois muito se vê no 2º/3º ciclos e Secundário, alunos a reprovar, não pela dificuldade do ano que frequentam, mas pelas bases que trazem de anos anteriores. Num mercado cada vez mais competitivo o ensino tem de ser cada vez mais, não só, eficiente, mas também, selectivo.

Eu acho uma excelente medida, procurar tornar os alunos mais sérios, agora falta o outro lado da barricada...

P.S. está em desacordo com a medida, dantes é que era bom!

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